Saúde

O que é a síndrome mão-pé-boca?

Casos em Cunha Porã estão controlados, mas novo surto não está descartado para os próximos dias; Entenda:

Foto: Divulgação

A síndrome mão-pé-boca vem preocupando pais, professores e a população em geral do município de Cunha Porã, assim como em muitos outros municípios da região, devido à grande ocorrência de casos nas últimas semanas. A doença geralmente acomete crianças em idade escolar e é transmitida por meio do vírus coxsackie.

Uma das principais características é a erupção de bolhas nas mãos, pés e boca (o que deu origem ao nome), bem como o surgimento de lesões nas nádegas e região genital, além de febre alta, mal-estar e falta de apetite. Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria, a doença é bastante contagiosa e transmitida por contato direto com fezes, saliva e outras secreções da pessoa infectada e também pode ser adquirida por meio de alimentos ou objetos contaminados com o vírus.

A enfermeira do ESF (Estratégia Saúde da Família) de Cunha Porã, Tailine de Luca lembra que os primeiros sintomas surgem entre 3 a 7 dias depois da contaminação, sendo que o cansaço, febre e falta de apetite, são os primeiros sinais. “Então a criança já está com o vírus e está transmitindo, por isso existe essa disseminação tão rápida, causando uma epidemia”, comenta.

 

Tailine explica que a presença dos sintomas é um ciclo e depois de 10 dias passa por conta própria. “Por isso é tão importante que se a criança tiver sintomas, ela seja tirada do convívio escolar para evitar que os colegas possam contrair o vírus, principalmente pelo contato que existe entre eles e os professores também. Nas creches, por exemplo, deve-se ter o cuidado de usar luvas e higienizar bem as mãos ao trocar as fraldas das crianças, pois o vírus ainda é eliminado pelas fezes por até 4 semanas, por isso surgem a segunda, terceira onda do surto. Essa doença não possui um tratamento específico, então são somente tratados os sintomas”, lembra.

Em Cunha Porã houve um surto há aproximadamente duas semanas, com uma média de 7 a 10 atendimentos por dia somente no posto-sede. Nos últimos dias, não foram notificados casos no posto, mas a enfermeira já projeta uma segunda onda da doença, que acaba se tornando normal devido ao ciclo do vírus.

Conforme explana Tailine, é muito importante ter alguns cuidados, como sempre lavar bem as mãos, usar álcool e não compartilhar talheres, toalhas e mamadeiras, pois as crianças não têm o discernimento de não compartilhamento de materiais para evitar contrair o vírus. “Lembrando principalmente que a criança deve ser levada para avaliação médica caso haja febre acima de 38ºC e em casa deve-se manter a higiene, pois os adultos também podem contrair a doença, embora em menor número”, finaliza a enfermeira.

Sintomas

Os sintomas geralmente aparecem de 3 a 7 dias após a infecção pelo vírus e incluem:

- Diarreia

- Dor de cabeça

- Dor de garganta

- Falta de apetite

- Febre acima dos 38ºC

- Mal-estar

- Muita salivação

- Vômito

*Além disso, após cerca de 2 a 3 dias é comum o surgimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés, assim como aftas, que ajudam no diagnóstico da doença

Medidas de prevenção e controle

- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir

- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.

- Evitar o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar)

- Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos

- Nas creches, é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para a outra

- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos

- Retirar da sala brinquedos cujo material seja de difícil higienização durante o período de ocorrência do surto

- Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes, pois podem ser fontes de contágio

Fonte: Oeste SC Notícias | Foto: Divulgação

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