Líder de quadrilha preso em SC por exportar cocaína queria fazer plástica para fugir
Operação da PF mira quadrilha que exportou mais de 6 toneladas de cocaína para países da África e da Europa usando barcos pesqueiros
Um dos líderes da quadrilha que usava barcos pesqueiros para exportar cocaína foi preso pela PF (Polícia Federal) em Itajaí na manhã desta terça-feira (23) momentos antes de fazer uma cirurgia plástica no rosto. Segundo a PF, ele queria ficar “irreconhecível” para não ser preso.
Ao todo, segundo a PF, foram apreendidos R$1.620.029 em reais, mais 396.696 dólares, que na cotação atual equivalem a mais de R$2,3 milhões.
A operação Mar Aberto teve o objetivo de desarticular uma quadrilha de Santa Catarina que exportou ao menos 6,5 toneladas de cocaína até a costa da Namíbia e África do Sul, na África, e à Ilha da Madeira, em Portugal.
O grupo criminoso usava barcos pesqueiros para movimentar as cargas da droga para alto mar, de onde seriam resgatadas por embarcações estrangeiras e então levadas até países da África e Europa.
Cerca de 100 policiais federais cumprem 20 mandados de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Camboriú, Florianópolis, Itapema, Itajaí, Navegantes e São José, em Santa Catarina.
Também são cumpridos mandados no Paraná, em Curitiba e Matinhos, no Espírito Santo, em Itapemirim, além de seis mandados de prisão preventiva de outros investigados.
Na ação, autorizada pela 1ª Vara Federal de Itajaí, também estão sendo apreendidos veículos, imóveis e duas embarcações de pesca industrial, pertencentes ao grupo criminoso.
As investigações começaram em outubro de 2020. A quadrilha usava barcos de grande autonomia e capacidade de armazenamento de carga e contratou, em vários pontos do país, tripulações especializadas na atividade de navegação marítima para realização de longas travessias intercontinentais.
Durante pouco mais de um ano de investigação, a PF identificou três barcos pesqueiros, além de operadores logísticos e gerentes operacionais em solo.
Fonte: ND+ | Fotos: Polícia Federal