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Moradores da Linha Central reivindicam mudança no traçado que liga Cunha Porã a Cunhataí

Faixas foram colocadas em frente à prefeitura de Cunha Porã, para chamar a atenção e como uma forma de serem ouvidos

Foto: Oeste SC Notícias

Na quarta-feira, dia 10 de novembro, foi realizada uma manifestação pacífica em frente à prefeitura de Cunha Porã pelos moradores da Linha Central, que reivindicam a mudança no traçado do asfalto rural que liga os municípios de Cunha Porã e Cunhataí.

O Jornal Oeste SC Notícias esteve presente e entrevistou alguns dos moradores que solicitam a mudança do traçado, pois se entende que desta forma vai beneficiar, não somente quem transita entre os municípios de Cunha Porã e Cunhataí, mas também toda uma comunidade. Os moradores da Linha Central esperam ser ouvidos e que a situação seja analisada e aceita pelo paço municipal. A seguir, confira os depoimentos e entenda o caso:

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“Estamos em frente à prefeitura de Cunha Porã por que ao longo de vários momentos tentamos entrar em contato com a administração, tentamos de todas as formas manter diálogo, entender por que a via municipal, que é um asfalto rural, não foi discutida pela comunidade como deveria ser. Até por que a administração de uma certa forma se propôs no período de suas eleições a atender e ouvir o povo. Tivemos dificuldade em falar com a prefeita Luzia Vacarin. Temos aprovada pela Câmara de Vereadores de Cunha Porã uma audiência pública que não aconteceu, em nenhum momento houve uma justificativa, nós também não tivemos acesso ao projeto de uma forma fácil. Todo o contato até nós sabermos desse projeto começou de uma forma abstrusa, dizendo que era uma SC, mas na verdade é um asfalto rural, que vem desvinculado de várias dificuldades e ações para que possa ser executado pelo município, e o município hoje não faz questão de criar um diálogo aberto com a comunidade da Linha Central e arredores, e da mesma forma da Linha Cristo Rei, para fazer uma audiência pública para saber qual seria o melhor traçado para todos de Cunha Porã. Atendendo o maior número de famílias, atendendo também ao fluxo e ao desenvolvimento da comunidade. Esse é o principal fator hoje de a comunidade não ser ouvida pela administração municipal, que deveria representar as ideias do povo”, Gilmar Dietrich, morador da Linha Central.

“Hoje reivindicamos um direito nosso. Eu acho que deveríamos ser atendidos por que somos a maioria, temos mais de 80 famílias em nossa comunidade, estamos então reivindicando um direito nosso. Eu acho que a administração tem que atender o anseio da maioria. O nosso município é composto por pequenos agricultores, e eu acho que a administração tem que atender as necessidades do povo, dessas pequenas famílias da agricultura familiar. A nossa comunidade merece ser ouvida e respeitada, a ligação entre os municípios de Cunha Porã e Cunhataí continuará a mesma, apenas mudará o traçado”, Darcio Baron, morador da Linha Central.

Eu vejo que esse asfalto passando pela comunidade da Linha Central será muito mais aproveitado, assim como é hoje, o fluxo é bem maior, não entendo qual o embate disso. Também vai beneficiar os alunos pelo transporte escolar, munícipes que trabalham nas empresas e comércio de Cunha Porã, entrega de mercadoria e insumos dessas mais de oitenta famílias que acontece diariamente, além de manter o fluxo do trânsito de Cunhataí e de comunidades de Palmitos que ficam próximas. Gostaria que a administração de Cunha Porã atendesse a comunidade da Linha Central, com todo o carinho e respeito, ninguém quer briga, mas o povo está cansado de esperar. Querem ser atendidos”, Marcos André Weber.

“Hoje a administração está ignorando nossa reivindicação. Já fomos até a Câmara de Vereadores e não obtivemos nenhuma resposta. É uma luta, um direito nosso, e só queríamos ser escutados. O trajeto mudaria (traçado), mas beneficiaria mais pessoas, não muda a distância entre uma rota e outra”, Asterio Keller e Rosane Keller.

“Acho que essa é uma reivindicação justa, que nós moradores da Linha Central estamos fazendo. Queremos ao menos conversar para entender por que não foi traçada a trajetória desde o princípio pela Linha Central, nós temos a convicção que deve ser pela Linha Central, atendendo o maior número de moradores, pequenas propriedades que geram renda e emprego. Não queremos briga com a administração, mas queremos diálogo, conversa, sendo que diversas vezes tentamos, mas não obtivemos êxito”, Anivaldo Winckel.

“Sou morador da Linha Central Norte, em Palmitos, que faz divisa com o município de Cunha Porã, e a mudança do traçado nos favorece, pois nós adquirimos nossas investimentos e compras pelo lado de Cunha Porã, produtos agropecuários, insumos, ração entre outros, gerando imposto para o município de Cunha Porã, pois fica mais perto do que a cidade de Palmitos. Todo o pessoal dos arredores vem para Cunha Porã negociar, inclusive outras comunidades próximas dali, não somente os moradores da Linha Central. Essa estrada sempre foi ruim, não por não ser arrumada, mas ela é feita e não dura, já seria um problema a menos para o futuro”, João Paulo Schäfer, Linha Central Norte, Palmitos.

“A mudança do traçado para a Linha Central ajudaria bastante na questão do transporte, por que estamos atingindo uma maior quantidade de aviários e chiqueirões desta comunidade e arredores. Ao contrário da Linha Cristo Rei, que o traçado atende somente um pequeno trecho do acesso”, Clairton Piacentini, motorista.

A comunidade está unida e busca alternativas para mudar o traçado. Agora os manifestantes esperam que ao menos sejam ouvidos e possam ter sua reivindicação analisada e aceita pela prefeitura de Cunha Porã, pois ainda há possibilidade de mudanças do traçado.

Fonte: Oeste SC Notícias

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