Agricultura

Secretário Altair Silva anuncia incentivo para quem plantar cereais de inverno para ração

O secretário da Agricultura, Altair Silva, anunciou na última semana o lançamento oficial de um novo programa na sua pasta que pretende estimular o plantio de cereais de inverno para fabricação de ração. O governo do Estado vai investir ainda nesse próximo plantio de inverno cerca de R$ 5 milhões, para subsidiar o custo das sementes de trigo e triticale, a fim de estimular que os agricultores plantem grãos destinados à produção de ração.

Cerca de 50% do custo das sementes de trigo ou triticale será subsidiado pela secretaria da Agricultura através do convênio com a Fecoagro e as cooperativas. Isso significa um subsídio de R$ 250,00 por hectare no custo de produção. O limite máximo para este ano é para 20 mil hectares, e cada agricultor poderá plantar com o subsidio, no máximo 10 hectare do cereal. Está aberto para qualquer porte de agricultor. O programa prevê um modelo de troca-troca para os grãos de inverno.

O agricultor será financiado pela cooperativa com os insumos e pagará com o produto da colheita, oportunidade que terá o desconto de R|$ 250,00 por hectare plantado para essa finalidade, isto é, para produzir ração. A cooperativa deverá se encarregar de formalizar contrato de compra para entrega futura com o agricultor e esse garantir a entrega do grão que poderá ser utilizado na sua fábrica de ração da cooperativa ou repassar o grão para as agroindústrias interessadas.

O secretário Altair Silva disse que esse programa neste ano é embrionário. Será a partida para ampliação nos próximos. Os agricultores que sentirem bons resultados, certamente repetirão e ampliarão nos próximos anos, auferindo uma renda extra nas terras no inverno. O secretário deixou claro que o subsídio será somente para quem comprovar que produziu o grão e que o mesmo foi utilizado para fabricação de ração. É o primeiro passo para tentar reduzir o déficit de milho em SC, que está a cada ano afetando mais os custos da ração e, consequentemente, das proteínas animais.

Os números levantados pela Fecoagro mostram que para o governo do Estado é vantajoso subsidiar o programa de cereais de inverno, pois os valores que investirá economizará nas perdas de ICMS com a redução da importação de milho de outros estados. Em 20 mil hectares iniciais, conseguindo uma produtividade mínimo de 3.000 kg por hectare, se obterão uma produção de 60 mil toneladas, ou um milhão de sacos de trigo. Considerando o preço do milho de R$ 80,00 por saco pelo grão mais R$ 10,00 de frete terá um valor econômico de R$ 90 milhões. Se considerarmos o ICMS de 8,4% que o Estado perde ao trazer dos outros estados, significa perda de R$ 7,56 milhões para o governo catarinense. Portanto, vale a pena o Estado investir nesse programa. Em apenas 20 mil hectares já se identifica economia para Estado, certamente se for ampliado para 200 mil hectares de área em SC, a vantagem econômica será expressiva, além de reduzir os custos para as agroindústrias e os criadores de aves e suínos.

Neivor Canton, presidente da Aurora Alimentos, agroindústria que necessita de expressivo volume de milho para fabricação de ração, também defende a necessidade de utilizarmos as áreas ociosas no inverno, para produzir grãos destinados à fabricação de ração, complementando as necessidades de milho

Fonte: Fecoagro | Foto: Divulgação

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