Agricultura

Filho retorna da Alemanha e garante sucessão familiar

O pai Guerton Althaus, morador de Saudades/SC, assegura a evolução da propriedade com o conhecimento e o desejo do filho de prosseguir no meio rural

O sonho de ter os filhos de volta para atuar no campo está cada vez mais distante à maioria dos pais. Muitos vão conhecer outras realidades e acabam não retornando para ajudá-los na sequência dos trabalhos na propriedade. Mas esta não foi a vivência da família Althaus, moradora da linha Alto Maipú, em Saudades/SC. Há 13 anos, o filho Renato decidiu ir trabalhar na Europa para aumentar os conhecimentos em bacia leiteira, atividade que a família desenvolvia, mas de forma precária. Na época, casado há seis meses, resolveu encarar o desafio e junto com a esposa Anelise, inicialmente foi para a Suíça, onde atuou como inseminador e mais tarde foi morar na Alemanha. O casal permaneceu distante da família por dois anos e meio e optou por voltar para garantir a sucessão familiar.

Com sete filhos – que residem em Saudades/SC, Pinhalzinho/SC, Cunha Porã/SC, Campo Grande/MT e Alemanha –, Guerton e Egydia Althaus, casados há 50 anos, não tiveram uma vida fácil. No começo, alugaram uma área para morar e plantar grãos. Com bastante trabalho e dedicação foram comprando pedaços de terra e garantindo o sustento da família. Há 20 anos decidiram investir em bacia leiteira, começando com poucos animais. “O Renato sempre nos ajudou, mas queria aprender técnicas diferentes e melhorar de vida. Por isso, resolveu ir embora, mas com intenção de voltar. Na época, tínhamos 15 vacas de leite e era o que nos sustentava. Com a volta deles, fizemos sala de ordenha nova e adquirimos mais animais. Hoje, estamos com 50 vacas, além de várias novilhas”, conta Guerton, acrescentando que sempre quis que os filhos tocassem a propriedade. “Ficamos felizes que eles ficaram neste ramo. É uma satisfação saber que podem ter uma vida tranquila, perto de nós e o que temos aqui vai ter continuidade”, disse.

Renato conta que a experiência que viveu na Europa foi muito boa. “Aprendi muito sobre manejo e alimentação do gado leiteiro, mas voltar e rever as pessoas que a gente ama, foi uma alegria imensa. E poder ficar perto do pai e da mãe não tem preço, pois eles sempre foram minha inspiração e se sou alguém hoje, devo a eles. Desde cedo, tinha grande afinidade com o pai, isso também contou para a minha volta. Além disso, a qualidade de vida que temos no interior é muito boa. Meu sonho é que os meus filhos possam dar sequência, assim vai haver mais uma sucessão familiar”, salienta Renato.

O Sicredi

Renato lembra que conheceu o Sicredi há três anos, quando queria comprar uma área de terra. “Procurei a agência, me associei e prontamente me atenderam com a necessidade que eu tinha. Depois, eles nos deram muito apoio, oferecendo cursos de gestão financeira e de sustentabilidade, e sempre dispondo de recursos para fazermos melhorias na atividade. O Sicredi é diferente, o atendimento quando entramos na agência faz que nos sentimos em casa e eu só tenho a agradecer”, afirma o associado.

O colaborador, Leandro José Muller, elogia a atuação da família, por sempre apresentar ideias. “Temos um carinho especial por eles, pelas sugestões que nos trazem, por indicarem novos associados, até porque a Anelise é nossa coordenadora de núcleo, e por se preocuparem com a evolução da Cooperativa”, cita Muller.

Sobre a sucessão familiar, o colaborador assegura que é desafiadora, principalmente na agricultura, pois parte dos filhos sai estudar ou trabalhar e não quer voltar à casa dos pais. “Mas o Renato, junto com sua família, vem na contramão e garante a sucessão familiar, prezando pela qualidade de vida no meio rural”, finaliza.

Fonte | Foto: Assessoria

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