Dia da Indústria

25 de maio é o dia do calendário para lembrar e valorizar a Indústria, também conhecida como o setor secundário da economia, por transformar a produção primária, (extrativa, mineral e agropecuária), em produtos com valor agregado para o uso e consumo.

O Dia Nacional da Indústria é anualmente comemorado em 25 de maio, em homenagem ao patrono da indústria nacional, Roberto Simonsen, que faleceu nesta data, em 1948. A indústria brasileira é responsável por 20,4% do PIB (tudo o que se produz no Brasil), enquanto a agropecuária é responsável 6,8%, com o comércio e prestação de serviços completando os 72,8% restantes. No Rio Grande do Sul, com 23% e Santa Catarina, com 27% a indústria tem maior participação relativa no PIB, sendo mais importante na estrutura econômica e na vida das pessoas.

Na vida de quem se envolve diretamente com a indústria, o impacto é bem mais relevante, por ser o setor da economia que mais gera empregos, que mais agrega valor e que tem entregado mais benefícios diretos ao trabalhador. A atividade industrial competitiva tem cuidado cada vez melhor de sua força de trabalho, investindo forte em contratação de pessoal bem formado em nível técnico e superior, além de ser altamente atrativo oferecendo planos de saúde, formação continuada, segurança no trabalho, bem estar, dentre outros.

Tudo começou conforme estudamos nos livros de história, na revolução industrial, quando as máquinas a vapor e as primeiras produções em série começaram produzir em maior escala o que era feitos artesanalmente. A segunda revolução industrial, acelerada pelas grandes guerras trouxe a rápida mecanização da produção, desde a produção agrícola até as fábricas          com motores elétricos e a combustão. A terceira revolução industrial ficou marcada pela automação, robotização, informação em tempo real e veio mais rápido do que se imaginava.

Com máquinas, fábricas e todo o tipo de empresas automatizando processos, aumentando a presença de sensores, robôs e outros, mudando a característica da mão-de-obra que era mais braçal, para um número cada vez maior de empregos com maiores níveis de conhecimento agregado. Este conjunto de inovações, que está integrando cada vez mais a indústria com as necessidades, uso e consumo, é chamado de 4ª revolução industrial.

Esta nova revolução industrial gerada dentre vários motivos pela maior preocupação social, ambiental, comportamento e hábito das pessoas, gera impactos cada vez maiores na economia local e mundial. O movimento iniciado na Alemanha, com forte crescimento e destaque na Europa, chamado de Indústria 4.0, ou Manufatura Avançada, logo teve forte adesão na América do Norte, Ásia e agora está se construindo rápido em nosso meio.

Independentemente do tamanho, as empresas que não tiverem capacidade de se adaptar, mais cedo ou mais tarde serão meras lembranças. Produtos mais orientados aos interesses dos consumidores, com mínimo desperdício, serviços cada vez mais colaborativos e bens duráveis cada vez compartilhados, como carros elétricos e autônomos, escritórios e unidades de produção serão cada vez mais presentes na indústria, dando mais acesso e deixando mais baratos produtos e processos.

Grandes volumes de informações disponíveis para serem utilizadas das mais diferentes maneiras, reduzindo custos, melhorando em muito a vida das pessoas, a qualidade dos produtos, a adaptação ao uso e com o mínimo desperdício é o futuro da indústria, lembrando que os estudiosos dizem que nos próximos 5 anos, 85% do que vamos comprar e consumir ainda não foi criado! Vejam que 5 anos é logo ali, 2026, quando estiverem se formando, aqueles que vão ingressar agora na faculdade.

Um abraço e até a semana que vem!

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Marcelo Blume

Marcelo Blume é Administrador, Especialista em Marketing e Mestre em Engenharia de Produção.
É autor e co-autor de 4 livros, blogueiro e colunista de Gestão e Negócios.
Palestrante e pesquisador sobre desenvolvimento local, estratégias de mercado, planejamento e gestão.
Professor universitário há 24 anos, em diferentes instituições, sendo atualmente professor e dirigente na FAHOR, e convidado em MBAs de 16 outras instituições.
Fundador e sócio da Referenda Consultoria.

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