Paulo Guedes entrega projeto que eleva isenção do IR para até R$ 2.500

25/06/2021

O Ministério da Economia Paulo Guedes informou na quinta-feira (24) que o governo apresentará nesta sexta ao Congresso uma proposta para mudar as regras do Imposto de Renda da Pessoa Física (IR). O principal ponto do texto deve ser elevar o limite de isenção do tributo para até R$ 2.500. Também haverá mudanças em fundos de investimentos, impostos para empresas e outras operações financeiras (veja o que muda abaixo).

Hoje, rendimentos de até R$ 1.903,98 são isentos de imposto de renda. Elevar esse valor é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a falar em ampliar a isenção para até R$ 5 mil.

Nos últimos dias, integrantes do governo afirmaram que o aumento do valor para R$ 2.400 já estava praticamente garantido, mas ainda havia um esforço para que o número final chegasse aos R$ 2.500, a pedido de Bolsonaro.

De acordo com técnicos da equipe econômica, a ampliação da isenção para R$ 2.500 pode dobrar o número de pessoas isentas do IR. O contingente passaria de 8 milhões para 16 milhões de contribuintes.

Quem ganha mais que esse valor também deve ser beneficiado, porque o IR é cobrado de forma progressiva. Por exemplo: quem ganha R$ 5 mil não paga imposto sobre R$ 1.903,98 do salário. O governo também deve fazer ajustes menores nas faixas superiores de tributação, o que deve garantir um alívio à classe média.

Embora fontes que acompanham a discussão afirmem que Bolsonaro bateu o martelo sobre a isenção em R$ 2.500, a forma de compensar a renúncia fiscal ainda era alvo de discussões até o início da tarde desta quinta, de acordo com um interlocutor.

A principal ideia em debate é passar a tributar dividendos (a parte dos lucros distribuída a sócios), que hoje são isentos. De acordo com as últimas versões que circularam no governo, a alíquota deve ser de 20%.

O governo também aposta na melhora da atividade econômica e, consequentemente, da arrecadação de outros impostos, para abrir espaço para diminuir a cobrança do IR. A receita extra também poderia ajudar no financiamento do novo Bolsa Família.

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