Inflação 2021/2022
Os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para 2021 pela décima semana seguida e também passaram a projetar uma alta maior dos juros básicos da economia.
As informações estão no boletim de mercado, conhecido como relatório "Focus", divulgado na segunda-feira (15) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,98% para 4,60%. Segundo o site do IBGE (https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php), o IPCA do mês de fevereiro foi de 086% com acumulo de 5,20% nos últimos 12 meses.
Com o novo aumento, a expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Trocando em miúdos, taxa de juros baixa faz o dinheiro circular aumentando a inflação, lei da oferta e da procura, o contrário também é verdadeiro.
A decisão do Banco Central (BC) de subir a taxa básica de juros, Selic, de 2% para 2,75% na quarta-feira pegou boa parte dos analistas de surpresa. O consenso é que o BC decidiria pela primeira alta desde 2015, mas que seria mais contida, para 2,5%.
Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
O IPCA engloba uma parcela maior da população. Ele aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários-mínimos.
O governo federal usa o IPCA como o índice oficial de inflação do Brasil. Portanto, ele serve de referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros.
Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,50% a previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.